Mark Chapman já tinha estado no local do crime, horas antes. Chegou a pegar um autógrafo do seu ídolo, John Lennon. Mas, quando voltou à noite, para a frente do edifício Dakota em Nova York, sua intenção era outra. Quando Chapman viu seu ídolo pela segunda vez naquele dia, não hesitou: meteu-lhe cinco tiros nas costas.
O mundo chorou a morte de John Lennon em 8 de dezembro de 1980, há exatamente 31 anos. Uma década antes, Lennon tinha decretado o fim do sonho hippie. Mesmo assim, o músico atravessou os anos 70 fiel aos seus ideais, criticando autoridades e a hipocrisia oficial, divulgando mensagens pacifistas e pregando uma maneira diferente de olhar o mundo.
Com a morte de Lennon, o sonho parecia, agora sim, irremediavelmente perdido. Entravam os anos 80: dali a um mês, Ronald Reagan tomaria posse como presidente dos EUA. A ameaça de guerra nuclear voltaria a níveis críticos.
MUDOU TUDO
Músico, compositor, cantor, guitarrista, produtor, popstar, celebridade, militante político, pacifista, gênio: existem muitas maneiras de categorizar John Lennon.
Por qualquer ângulo que se olhe, porém, a conclusão é a mesma: esse garoto de Liverpool, filho de Julia e Alfred Lennon (um casal de origem modesta), mudou a cara da cultura popular para sempre.
Com os Beatles, fez música que conseguia ser pop, inovadora, experimental e diversificada ao mesmo tempo em que vendia mais discos que qualquer outro artista da época (e que a maioria dos artistas de outras épocas também).
Mas a revolução cantada e realizada por Lennon não aconteceu só no aspecto estético, musical. Ele, e a geração da qual era um dos porta-vozes, conduziram a música a um papel maior na sociedade. Quando os Beatles e John Lennon estavam no seu auge, pareceu realmente possível a música mudar o mundo.
Não foram só hippies chapados que acreditaram nisso. As autoridades americanas morriam de medo da influência que Lennon pudesse ter na juventude de seu país, com suas mensagens anti-guerra e anti-sistema. O cantor foi monitorado pelo FBI por anos, quase sendo deportado dos EUA (tudo isso foi retratado no documentário Os Estados Unidos Contra John Lennon).
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