terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Beatles é vida


Mas o que exatamente significa isso? O que é ser beatlemaníaco?


É gostar de Beatles a ponto de saber que, independentemente do que aconteça e do quanto você mude, as músicas ainda vão fazer sentido e te acalentar. É acordar todos os dias pela manhã com Helter Skelter tocando no seu despertador e ainda achar que é sua música favorita de todos os tempos. É passar anos decidindo qual música ou desenho dos Beatles você vai tatuar - até que chegue seu aniversário de dezoito anos, você estará lá, em dúvida entre "living is easy with eyes closed" e "Ob-La-Di Ob-La-Da" ou um desenho de quatro silhuetas atravessando uma faixa de pedestres. Ser beatlemaníaco é se apaixonar instantaneamente por qualquer ser humano que saiba tirar uma música deles (qualquer uma; até I Wanna Hold Your Hand) em um violão. É se desesperar de vontade de ir a Liverpool deixar flores brancas no túmulo da Eleanor Rigby e passear na Penny Lane. É temer a morte do Paul todos os dias da sua vida. É pedir apenas presentes dos Beatles de aniversário e depois fazer uma pilha de camisetas, desenhos, quadros e vinis. É chegar em casa com os pés e a garganta doendo depois de um show de uma banda cover dos Beatles. É ficar triste e deprimido e ouvir Hey Jude e sentir o coração e o corpo aquecidos e acalentados.  É rir das piadas do Ringo ou ficar bravo com elas. É revirar os olhos quando alguém diz que os Beatles acabaram só por causa da Yoko. É sonhar em morar debaixo da água, em um submarino amarelo, em meio a um jardim de polvos.


Ser beatlemaníaco é sofrer uma desilusão amorosa e ter certeza que existem pelo menos quatro pessoas no mundo que nunca vão te decepcionar.

Beatriz Roedel, 17 anos e a mais nova colabora do The Beatles Is Life.
Mora em Brasília, mas já foi a Liverpool.

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