quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Em show intimista, Paul McCartney emociona público no Rio




Aos 72 anos, Paul parece ter muito menos idade e carrega uma vitalidade impressionante. Durante três horas, o artista – vivinho - desfilou sucessos da carreira do grupo londrino e novas composições da carreira solo numa apresentação intimista, a primeira em uma arena na América Latina.

Paul cantou mais de três dezenas de canções. E se arriscou no português, já 'craque' no idioma, com suas vindas mais frequentes ao país que lotou o Maracanã para vê-lo na década de 90 pela primeira vez. "É maravilhoso estar de volta ao Rio", disse em 'carioquês', puxando o erre.

Prova da renovação de gerações aficionadas do ex-beatle, Letícia Queiroz assistiu ao primeiro show de 'Macca' com a mãe de 63 anos, no ano passado. Aos 31, levou a filha Clara, ainda na barriga, para comemorar os oito meses de gestação em pleno show da nova turnê, nesta quarta.

"O último show dele no Rio (no Engenhão) fui com a minha mãe, agora ela [a filha para nascer] veio comigo. Sou muito hormonal, chorei tanto no último. Acho que vou chorar de novo", disse ela, antes do início da apresentação. Não esperou nem 'All Together Now', a quem Paul dedicou aos mais novos: "Essa é para a garotada", em português. Chorou já em 'Blackbird', quando o palco se ergueu e ele cantou à luz de uma lua cenográfica.
O show, marcado para às 22h, começou às 22h30 com 'Eight Days a Week'. Tempo suficiente de espera para a pontualidade londrina, mas "de menos" para o trânsito carioca – principalmente o da Barra da Tijuca. Nas primeiras músicas, os espectadores ainda corriam para preencher as arquibancadas da Arena. Logo na sua primeira canção, Paul voltou a apostar na simpatia que o ajudou a conquistar o público. Respondendo às luzes que insinuavam a entrada do ídolo, os fãs gritaram. Paul tocou no microfone e reagiu como se tivesse a mão queimada pelo calor do público. Familiarizado com o português, emendou: “Oi, e aí?”
O show já se aproximava do fim, quando, em 'Live and Let Die', fogos estouraram do palco. A gritaria só aumentou com o autor emendando 'Hey Jude'. Era o que o público esperava. Cartazes com "na, na, na" completavam o refrão. Duas espectadoras foram convidadas ao palco para participar da cerimônia. Elas foram 'tatuadas' com um autógrafo nas costas. A estudante Victória Aguinaga, de 18 anos, ficou com inveja. "Eu, que desmaiei duas vezes, que deveria estar lá em cima", disse às amigas. Foi o primeiro show de Paul na vida dela. Os outros dois, os pais não conseguiram comprar os ingressos, que se esgotaram.
Do G1 Rio

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